Mostra Infantojuvenil do 4º FALA São Chico recebe centenas de alunos em quatro sessões de cinema inclusivas
27 Junho 2025

Pelo segundo ano consecutivo, o Festival foi 100% acessível e adaptado para receber pessoas com deficiência e com neurodivergência
A Mostra Infantojuvenil do 4º Festival Audiovisual Latino-Americano de São Francisco do Sul reuniu quase 700 alunos de escolas da rede pública e Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAEs) da região no Cine Teatro X de Novembro, entre 26 e 27 de junho. Durante os dois dias, foram exibidos cinco curtas-metragens documentários de países latino-americanos de classificação indicativa livre. As sessões foram organizadas de acordo com a faixa etária do público e contaram com recursos de acessibilidade e inclusão.
Participaram estudantes e educadores da Escola de Educação Básica Engenheiro Annes Gualberto, localizada no Paulas, Bairro Protagonista do Festival, da Escola de Educação Básica João Alfredo Moreira, que fica na Vila da Glória, e da Escola de Educação Básica Profª Claurinice Vieira Caldeira, do Rocio Grande. Também marcaram presença alunos da APAE de São Francisco do Sul e de Araquari. Um total de 17 veículos foi mobilizado para transportar os grupos até o cinema, localizado no Centro Histórico da cidade.
Pelo segundo ano consecutivo, a programação do FALA São Chico é 100% acessível, com sessões inclusivas e com legendas para surdos e ensurdecidos, janela de Libras em Tela, audiodescrição via aplicativo Mobi LOAD, permitindo que pessoas com deficiência ou com neurodivergência possam desfrutar dos filmes. A neuropsicopedagoga Dai Miranda acompanhou todas as sessões, oferecendo suporte aos alunos sempre que necessário.
A Mostra Infantojuvenil exibiu quatro filmes brasileiros e de um uruguaio. Nas duas sessões dedicadas especialmente às crianças do 1º ao 5º, os alunos assistiram aos documentários A Luz do Pasto do Chico Amâncio é a Mula sem Cabeça?, de Héder Dias Godinho; Tierra Compartida: Amanda y el Mar, de Alvaro Adib; e a História de Ayana, de Cristiana Giustino e Luana Dias. Já os estudantes do 6º ao 9º tiveram a chance de ver os curtas O Enegrecer de Iemanjá e a Subtração do Sagrado Afro, de Uê Puauet, e Não Quero Citar Teóricos, de Eró Cunha e João Luciano.
Para muitos alunos, essa foi a primeira experiência em uma sala de cinema, com direito a pipoca, salgada ou doce. Os filmes despertaram identificação, escuta atenta e reflexões. Quando perguntada sobre o que mais gostou da sessão, Pérola, aluna de 10 anos da E.E.B. João Alfredo Moreira, respondeu: “Falar sobre racismo”, destacando a importância do tema.
No final de cada sessão, foi aberto um espaço de bate-papo, em que os alunos puderam falar e responder perguntas sobre os curtas. O montador do filme O Enegrecer de Iemanjá e a Subtração do Sagrado Afro, Thyago Bezerra, e a sócia da produtora que distribui a obra, Camila Ayroza, participaram da discussão sobre sua obra. No final, todos ainda puderam votar em seu documentário preferido, para levar o Troféu Panvision de Melhor Filme pelo Júri Popular.
Confira a sinopse dos filmes exibidos na Mostra Infantojuvenil no site falasaochico.com.br.
O FALA São Chico 2025 é produzido através da Lei Rouanet de incentivo a projetos culturais. Hotel Oficial Villa Real. Tem parceria das empresas especializadas em audiovisual DOT, Link Digital, Media Mundus, Mistika, Naymovie, Plural Tec e Transforma. Apoio institucional da Associação Empresarial São Francisco do Sul e Secretaria de Turismo de São Francisco do Sul. Com apoio Ambiental e Full Port. Com realização da Fundação Cultural Ilha de São Francisco, Prefeitura de São Francisco do Sul, JD Consultoria, Associação Cultural Panvision, Prêmio Catarinense de Cinema, Fundação Catarinense de Cultura, Governo do Estado de Santa Catarina, Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Governo Federal, União e Reconstrução.